segunda-feira, 11 de maio de 2009
Os sem futuro
Os olhos fixos em um horizonte sem futuro, com as imagens congeladas de uma não-existência. Um corpo inerte, sem força ou sem vida. Os sonhos descobertos e não sonhados. As pupilas dilatadas de uma viagem surreal, uma fuga desorientada da realidade. O medo e a fome encontram refúgio no irreal. Mesmos destinos aplicados a diferentes pedaços de gente, carnes sem movimento, congeladas em um canto da cidade. Pelas ruas ou calçadas, encolhidas pelo frio ou pelo temor. Nascidos pra mão negra, criados para a ausência de sonho e gerados pela fome.
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